Nova plataforma MQB37 será introduzida na fábrica Anchieta no ano que vem. Todos os desenvolvimentos locais terão uma opção híbrida, leve, fechada ou plug-in
São Bernardo do Campo, SP — Todo veículo Volkswagen desenvolvido no Brasil, para o mercado brasileiro, terá uma versão eletrificada. A companhia está trazendo para a fábrica Anchieta a plataforma MQB37, que monta, na Europa, modelos como T-Roc, para fabricar uma nova geração de modelos com tecnologias híbrida leve, fechada e plug-in. Não significa, necessariamente, que não haverá modelos híbridos produzidos a partir da atual, MQB27, que está em todas as fábricas brasileiras. A tendência, inclusive, é que o primeiro híbrido-flex seja produzido nesta plataforma, de um dos modelos da gama atual.
O anúncio foi feito na sexta-feira, 31, em cerimônia que marcou a assinatura de linhas de crédito de R$ 2,3 bilhões com o BNDES, para desenvolvimento desta tecnologia, de sistema ADAS e de conectividade e para exportação. Segundo o presidente Ciro Possobom todas as tecnologias híbridas estarão disponíveis no portfólio da Volkswagen a partir de 2026: leves, fechadas e plug-in.
“Teremos uma solução completa, democratizando a eletrificação e o acesso a tecnologias avançadas de segurança, conectividade e inteligência artificial.”
Os elétricos não fazem, por ora, parte do planejamento de manufatura local da Volkswagen. Alexander Seitz disse que o Brasil difere dos demais mercados: “Aqui temos o flex, ao contrário dos Estados Unidos, Europa e China. Entendemos que os elétricos não são a solução primária para o País”.
Mais tecnologia e exportação
O investimento integra o plano de R$ 20 bilhões para a América do Sul, que inclui 21 lançamentos — oito já estão nas concessionárias: Novo T-Cross, Nova Amarok, Novo Nivus, Nivus GTS, Tera, Golf GTI, Novo Jetta GLI e Novo Taos.
As linhas do BNDES, que somam R$ 2,3 bilhões, também contemplam a nacionalização de tecnologias ADAS, consideradas fundamentais pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante: “Eu tenho quatro netos e considero que aprimorar a segurança dos veículos é importantíssimo”.
Segundo a Volkswagen o objetivo é expandir o alcance dos sistemas, chegando a modelos da base do portfólio. O mesmo com a conectividade, que também será contemplada.
Existem também recursos provenientes da linha Exim Pré-Embarque, com o objetivo de impulsionar ainda mais as exportações da Volkswagen, que soma mais de 4,4 milhões de unidades para 147 mercados desde 1970. Em 2025 os embarques, de janeiro a setembro, avançaram 43% sobre o mesmo período do ano passado.

