Cidade aumenta participação no comércio exterior, consolida vocação industrial e figura entre os 100 maiores importadores do país; entre principais produtos exportados estão aço, biodiesel e tintas; os inseticidas lideram lista de itens importados
Sumaré ocupa o 6º lugar em exportações e importações na Região Metropolitana de Campinas (RMC), segundo dados divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com base em informações do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Os principais destinos das exportações são Países Baixos (Holanda), Argentina, Estados Unidos, Paraguai e México, que juntos concentram a maior parte das vendas externas das empresas locais. Além disso, o município ficou em 39º em exportações e 22º em importações no Estado de São Paulo, além de figurar entre os 100 maiores importadores do Brasil.
Os dados mostram que o município ampliou sua presença no comércio internacional entre janeiro e setembro de 2025, reforçando seu papel como um dos principais polos industriais e logísticos da RMC. Ao todo, as transações internacionais somaram US$ 1,088 bilhão, resultado que destaca a inserção crescente de Sumaré nas dinâmicas globais de produção e comércio. As exportações chegaram a US$ 298,9 milhões, aumento de 2,4% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto as importações totalizaram US$ 789,8 milhões, alta de 27,2%.
Entre os principais produtos exportados estão o aço e derivados do setor siderúrgico, com US$ 79,52 milhões (26,6% do total), o biodiesel e suas misturas, com US$ 49,33 milhões (16,5%), tintas e vernizes, com US$ 36,75 milhões (12,3%), e barras, perfis e fios de níquel, com US$ 18,58 milhões (6,2%). Somados, esses segmentos representam 61,6% das exportações municipais, consolidando o perfil industrial da cidade.
Já nas importações, os destaques foram inseticidas e rodenticidas (US$ 359,77 milhões), poliecetais e resinas (US$ 23,58 milhões), fertilizantes e adubos (US$ 21,84 milhões), torneiras e válvulas (US$ 19,39 milhões) e níquel em forma bruta (US$ 19,14 milhões), responsáveis por 56,3% das compras externas. Os principais fornecedores foram China, Índia, Estados Unidos, Colômbia, Alemanha e Polônia.
Mesmo diante de desafios econômicos como o Tarifaço imposto sobre o Brasil, o município tem diversificado seus mercados e fortalecido setores de maior valor agregado, mantendo o dinamismo econômico e contribuindo para a geração de empregos.
O prefeito Henrique do Paraíso (Republicanos) disse que o desempenho da cidade confirma o dinamismo econômico de Sumaré. “Esses números mostram que Sumaré segue fortalecendo sua presença no comércio internacional, mesmo enfrentando desafios externos. O aumento das importações mostra que estamos crescendo no setor industrial, gerando mais atividade econômica e gerando empregos”, explicou.
Para o vice-prefeito André da Farmácia (MDB), mesmo com desafios significativos, “o município demonstra resiliência e diversificação”. “Seguimos investindo em infraestrutura e atraindo novas empresas, para que Sumaré amplie seu papel estratégico dentro da RMC e do Estado”.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ed Carlo Michelin, reforçou que o planejamento tem sido decisivo para impulsionar a competitividade local. “A análise da balança comercial orienta nossas políticas públicas. Estamos focados em estimular exportações de maior valor agregado, apoiar a inovação e reduzir a dependência de insumos externos, consolidando uma economia mais moderna e sustentável”, disse.

